7.1.14

Lá no Céu, na Galáxia dos Imortais


Eusébio, Eusébio, Eusébio!

 

Uma torrente de lágrimas caiu do céu anunciando a tua partida. Da Luz para uma luz infinita, intemporal, a Luz da Imortalidade!

 

Olho para o céu e vislumbro-te, brilhando como uma estrela de primeira grandeza nesse lugar de esplendor e glória – a Galáxia dos Imortais!

 

Sim, és grande, és ímpar, és glorioso!

Merece-lo!

Pela tua nobreza de carácter, pelo teu talento, pelo teu humanismo, pela tua simplicidade, pela lição de vida que nos deste!

 

Com o meu cachecol glorioso ergui os braços ao céu, cantei o nosso hino, gritei o teu nome, disse-te adeus e chorei. Intensamente. Tanto quanto das muitas vezes em que, ainda catraínho e adolescente, exultei com as grandes jogadas que fizeste, com os golos que marcaste e as extraordinárias vitórias que me ofereceste.

 

Com a tua generosidade eternizei o meu Benfiquismo.


Aprendi a saber perder e a vibrar com alegria nas horas vitoriosas.

Aprendi a honrar os vencidos e a glorificar os vencedores.

Aprendi a ser cada vez mais um homem bom.

 

Quando o Óscar se aproximou de ti e te tocou por breves segundos, num impulso comovente e único, senti a força da tua alma, a força do teu querer, a força da tua inspiração. Senti que o teu espírito percorre os eleitos e lhes transmite a vontade de serem melhores, de serem os vencedores.

Nunca te conheci, nunca te toquei, mas naquele momento tão simbólico, foi como se estivesse ali, ao lado do Tacuara, honrando a tua memória, recordando os teus feitos, inspirando-me no teu exemplo sublime.

 

Vi-te no Templo, na derradeira volta de consagração antes de partires. Arrasadora e mesclada por um turbilhão de emoções indescritíveis, mas que me fizeram sentir, que tu, Eusébio, também fazes parte de mim, entronizado no salão de ouro e diamantes do meu coração.

 

Obrigado, Rei!

 

 


GRÃO VASCO


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