Na
pretérita madrugada tive um sonho.
Eliseu
era o chefe de uma rede bombista e sabendo das minhas qualidades técnicas de especialista
exímio na montagem de engenhos explosivos, contratou-me para confeccionar umas
bombas especiais. Bombas selectivas carregadas de merda que actuam prioritariamente nas focinheiras daqueles
bastardos do lagartêdo do fôsso e afins.
Eliseu,
sorrindo, lá levou a primeira remessa de bombas nos malões laterais que mandou
adaptar à famosa Lambreta do Tetra perguntando se o queria acompanhar nessa missão
espinhosa de rebentar com aquele bando de filhos da puta da cor-do-ranho.
Aceitei,
sugerindo-lhe que o restante stock
fosse carregado no meu velho calhambeque onde guardava trintas e seis títulos
nacionais, duas Champions, dois Rámon Carranza, um Teresa Herrera e mais umas não
sei quantas taças e que a missão fosse alargada a outras áreas em que os abusos
têm sido recorrentes, especialmente às “quintas” do Proença e do Fontelas.
Eliseu,
estratega de outras lutas, disse-me que não era preciso. Para lá do fôsso, um atoleiro que mais parece um
esgoto pestilento a céu aberto, essas “quintas” estão tão atulhadas de merda
que esses artistas e os instrutores da liga já só têm o pescoço
de fora.
Foi
então que eu lhe disse:
- Ó Eliseu vamos lá
então tratar da saúde daqueles gajos dos pijamas da cor-do-ranho…
O
CD da Liga sabendo destas acções, montou uma caça ao Eliseu com a ajuda do
Battaglia e do Brahimi, “dois castos” elevados a beatos, agora promovidos pela
sua impunidade, a guardiões da comissão de disciplina.
Eliseu,
acossado por uma corja de dementes frustrados e furibundos, arrancou na sua lambreta
e a abrir, por montes e vales, refugiou-se no esconderijo dos Autênticos, mas
está garantida a sua presença como defesa-esquerdo no próximo jogo
Benfica-Portimonense, agendado para daqui a duas semanas.
Até
lá resolvi construir mais bombas, desta vez a sério, para arrumar com aquela
escumalha de saraivas e afins…
Filhos-da-puta
de hipócritas! Praticam a perfídia e a canalhice, e não se calam!
Para
quando os açaimes para aquela canzoada do cuspe e a aplicação daquela conhecida
máxima, “olho por olho, dente por dente”?
GRÃO VASCO